Gestão de risco e segregação de funções na Lei Nº 14.133/2021

Por eKeep Consultoria e Treinamento on 09-08-2024, em Gestao_Publica

A Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei Nº 14.133/2021) introduziu diversas mudanças na administração pública no Brasil, com o objetivo de modernizar e tornar mais eficientes os processos de contratação. Dois aspectos fundamentais abordados pela nova legislação são a gestão de risco e a segregação de funções, ambos essenciais para garantir a transparência, a integridade e a eficiência nas contratações públicas.

A gestão de risco, destacada como um dos pilares da boa governança, é um processo contínuo que envolve a identificação, avaliação e mitigação de riscos que possam comprometer o cumprimento dos objetivos organizacionais. A nova lei estabelece que a administração pública deve adotar práticas de gestão de risco desde a fase de planejamento das contratações, identificando e avaliando riscos técnicos, jurídicos, financeiros e operacionais. Após essa identificação, é necessário desenvolver planos de mitigação específicos, com medidas preventivas, ações corretivas e estratégias de contingência para minimizar os impactos adversos. A gestão de risco também envolve monitoramento constante e revisões periódicas ao longo do ciclo de vida do contrato, garantindo que a administração esteja preparada para novos desafios e oportunidades.

A segregação de funções é outro princípio fundamental reforçado pela Lei Nº 14.133/2021. Esse princípio visa prevenir conflitos de interesse e fraudes, assegurando que nenhuma pessoa ou unidade organizacional detenha controle total sobre todas as etapas de um processo. A nova lei exige que diferentes etapas do processo de contratação, como planejamento, execução, fiscalização e controle, sejam realizadas por unidades organizacionais ou pessoas distintas. Além disso, a segregação de funções deve ser complementada por um sistema robusto de controles internos, incluindo auditorias internas periódicas e o uso de ferramentas de tecnologia da informação para monitorar as atividades. A capacitação e o treinamento contínuos dos servidores públicos são também enfatizados pela lei, promovendo uma cultura organizacional voltada para a integridade e a eficiência.

Em suma, a Lei Nº 14.133/2021 representa um avanço significativo na modernização das contratações públicas no Brasil. A gestão de risco e a segregação de funções são elementos centrais para garantir a transparência, a integridade e a eficiência nos processos de contratação. A implementação eficaz dessas práticas depende de um compromisso contínuo com a capacitação dos servidores, o fortalecimento dos controles internos e uma abordagem proativa na identificação e mitigação de riscos. O desafio para a administração pública é transformar esses princípios em práticas diárias que contribuam para uma governança mais robusta e confiável, assegurando que as contratações sejam realizadas de forma transparente, eficiente e alinhada aos melhores interesses da sociedade.

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